1. |
I
18:10
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Tentativa
O ambiente gélido e esfumado,
Num espaço que enclausura,
Sufoca o ser, de si acabado
Enquanto escreve, leve tortura:
Que há de mais a esperar,
Quando se ama e condena,
Quando se sofre por amar
E quando a dor se mostra amena?
Que há de mais a esperar
De tal ser, de mal vivido,
Que haverá mais a suportar
Quando se vive de despido?
Um pensamento que alivia
E que pouco serve de resposta:
Desaparecer num qualquer dia
Numa perseverança pressuposta…
Num rumo ao desespero
No mistério da salvação,
Em silêncio se envolve o ser,
Enquanto se abstrai a contemplar,
Um reflexo comprometedor
Que nada lhe faz ou lhe há-de dar.
E petrifica em seu esplendor…
P.E.
_____
Surge-me
um sentimento inesperado
sem pesar, medo ou tristeza,
Num pensamento, todo um passado,
E finalmente com clareza
Dou por mim a imaginar,
Se será a morte, do outro lado
E se na morte, hei-de encontrar
O descanso tão esperado,
Que da noite se esmoreceu
E num suspiro cansado
Espero que então...
A.C.
_____
Espero que nesta noite
O mundo se feche,
que acabe o ar e a terra
e espero que
a noite me deixe
num qualquer rio ou na serra
espero que a noite
se prolongue
num momento, num olhar,
e em tudo que o esconde
é aí que vou ficar
E quando tudo acabar
sem desespero nem gritos
Quando não houver luar
Nem melodias, nem escritos
Aquando do coração a fraquejar
E os olhos a fechar
Espero que te lembres e vejas
Que tudo o que se perdeu
Foi o que tanto se sentiu,
Que tampouco se ganhou
E que a noite não mentiu.
Espero, assim espero
Que tudo acabe.
P.E.
Lyrics by Regina Duarte
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2. |
II
17:14
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Tentativa
O ambiente gélido e esfumado,
Num espaço que enclausura,
Sufoca o ser, de si acabado
Enquanto escreve, leve tortura:
Que há de mais a esperar,
Quando se ama e condena,
Quando se sofre por amar
E quando a dor se mostra amena?
Que há de mais a esperar
De tal ser, de mal vivido,
Que haverá mais a suportar
Quando se vive de despido?
Um pensamento que alivia
E que pouco serve de resposta:
Desaparecer num qualquer dia
Numa perseverança pressuposta…
Num rumo ao desespero
No mistério da salvação,
Em silêncio se envolve o ser,
Enquanto se abstrai a contemplar,
Um reflexo comprometedor
Que nada lhe faz ou lhe há-de dar.
E petrifica em seu esplendor…
P.E.
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Surge-me
um sentimento inesperado
sem pesar, medo ou tristeza,
Num pensamento, todo um passado,
E finalmente com clareza
Dou por mim a imaginar,
Se será a morte, do outro lado
E se na morte, hei-de encontrar
O descanso tão esperado,
Que da noite se esmoreceu
E num suspiro cansado
Espero que então...
A.C.
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Espero que nesta noite
O mundo se feche,
que acabe o ar e a terra
e espero que
a noite me deixe
num qualquer rio ou na serra
espero que a noite
se prolongue
num momento, num olhar,
e em tudo que o esconde
é aí que vou ficar
E quando tudo acabar
sem desespero nem gritos
Quando não houver luar
Nem melodias, nem escritos
Aquando do coração a fraquejar
E os olhos a fechar
Espero que te lembres e vejas
Que tudo o que se perdeu
Foi o que tanto se sentiu,
Que tampouco se ganhou
E que a noite não mentiu.
Espero, assim espero
Que tudo acabe.
P.E.
Lyrics by Regina Duarte
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Decesso Portugal
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